segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dados sobre o conflito entre russos e chechenos


A Chechênia fica em uma região montanhosa no Cáucaso e é habitado principalmente por muçulmanos. É uma das repúblicas da federação Russa.

Historicamente, a vida chechena desenvolveu-se em torno de clãs que ainda hoje mantém uma forte unidade protetora da cultura e dos costumes mais antigos.

A Rússia possui uma economia em constante desenvolvimento devido, sobretudo, ao petróleo que possui parte deste do território checheno.
Devido a uma política expansionista do principado de Moscou, a Rússia ocupou Cáucaso, cidade muçulmana Kazan, Cazaquistão.

A primeira resistência contra os russos foi chefiada por Shaykh Mansur. Reagiu contra a ocupação da Rússia na região da Geórgia, parte cristã da chechenia, pois depois disso a região do Cáucaso viu-se cercada pelas forças russas. Foi capturado e morreu na prisão. Ocorreu por volta de 1780.

A maior resistência caucasiana foi liderada por Imam Shamil e durou 30 anos. Sua campanha de resistência envolvia muita violência e a Geórgia se uniu à Rússia devido a isso.

Por volta de 1925, os movimentos de resistência esfriaram. Mais tarde, Stálin acusaria a Chechênia de ser aliada da Alemanha nazista, deportando vários chechenos.
Depois do fim da URSS, estourou um movimento de independência da Chechênia. Em 1991, Dzhokhar Dadayev eleito presidente, declarou a independência mesmo com oposição russa. Em 1994, falou em combater a opressão russa. No mesmo ano a Rússia enviou tropas à Chechênia.
Devido a grande quantidade de petróleo existente na Chechênia, a Rússia não abre mão deste território.

A primeira guerra da Chechênia iniciou em 1994 venceu a Rússia e, o então presidente, assinou um tratado de paz. O conflito retornou em 1999, dando inicio a segunda guerra da Chechênia e se estende até hoje. O governo russo alegou que os chechenos não conseguiam controlar o crime organizado e as gangues.


Abaixo alguns links de vídeos nos mostram a situação em que a Chechênia se encontra:







Questionário sobre conflito entre russos e chechenos

1-Qual a origem do conflito entre chechenos e russos?
O conflito entre chechenos e russos tem cunho étnico/religioso e Em 1991, quando a União Soviética acabou, um movimento de independência surgiu na Chechênia (maioria muçulmana), enquanto a Rússia recusava-se a permitir a secessão. Ainda em 1991, Djokhar Dudaiev, presidente nacionalista da República da Chechênia, declarou a independência chechena. Em 1994 o presidente da Rússia, Boris Iéltsin, enviou quarenta mil soldados para evitar a separação da região da Chechênia, uma importante produtora de petróleo, mas encontrou uma forte resistência. Desde então, a luta pela independência chechena tem causado diversos conflitos armados, o que resultou em aproximadamente 150 mil mortos, no período de 1994 a 2003.

2-Qual a situação atual do conflito?
Apesar de declarações, por parte de Moscou, de que a "fase militar" da operação já terminou, o número de vítimas russas continua a crescer.Milhares de soldados russos estão na Chechênia para apoiar um governo civil nomeado pelo Kremlin.Mas, de maneira geral, os rebeldes são discretos, evitando batalhas que poderiam expor militantes ao imenso poder de fogo das Forças Armadas russas. A estratégia dos militantes é principalmente fazer ataques relâmpago usando táticas de guerrilha. Até o momento o governo russo não parece comprometido com a idéia de um acordo de paz. E desde os ataques de 11 de setembro, a pressão diplomática para encontrar uma solução pacífica para o conflito, diminuiu.

3- Desde o período final do século XIX até o período pós-guerra, qual foi o tratamento imposto pela União Soviética aos chechenos?
Como parte do Império Russo desde 1859, a região chechena-inguchétia foi incorporada como República Socialista Soviética Autônoma da Checheno-Ingushkaya durante a fundação da União Soviética. Durante o regime soviético, os chechenos, acusados de colaboração com a Alemanha nazista (que não chegou a conquistar a Chechênia), sofreram uma deportação - de natureza genocida - para a então República Socialista Soviético do Cazaquistão (o atual Cazaquistão independente) e depois para a Sibéria, durante a Segunda Guerra Mundial. A república foi abolida entre 1944 e 1957, tornando-se no oblast de Grózni.

4- Qual a relação entre russos e chechenos e o reconhecimento dos Estados Independentes após o fim da União Soviética?
Durante o regime soviético, mais de 100 nacionalidades foram reconhecidas pelo Estado, como distritos ou repúblicas autônomas dentro de um sistema federalista, respondendo a uma divisão étnica. Por sua parte, outras comunidades não tiveram direito a este reconhecimento. Na maioria desses enclaves, os russos constituíam minorias étnicas dentro da população, apesar de usufruírem de uma desproporcionada representção nos governos locais - já que os russos e membros de outras nacionalidades participavam pouco da administração local.

Armas e conflitos no mundo

As despesas militares globais devem registrar recorde neste ano: US$ 1,06 trilhão.” Existem hoje 600 milhões de armas pequenas e leves, no mundo. E, todos os anos, mais 8 milhões são produzidas. A facilidade do comércio de armas e a falta de controle alimenta cada dia mais conflitos, repressão, crimes e abusos dos direitos humanos.

Os Estados Unidos é o país o responsável por 48% do gasto mundial com armas, e é ele também que lidera, junto com Rússia, Reino Unido, França e Alemanha, o grupo de países que mais exporta armas no mundo.

Com a globalização da indústria de armas, muitas regiões pobres tiveram suas despesas com armas dobradas. Alguns países do Oriente Médio se tornaram mais militarizados, por causa dos conflitos internos. Algumas vezes os gastos com armas são maiores que o próprio PIB do país.

É necessário que se crie um tratado que regule internacionalmente esse comércio, banindo as vendas para países que violam direitos humanos ou sofrem embargo da ONU por estarem em conflitos internos. Em muitos países o comércio de armas gasta mais do que investimentos em saúde.

A violência armada fere não só a população pobre, os militares, a população envolvida em conflitos. O comércio de armas atinge a todos, direta ou indiretamente.

Mayara Bet, no. 26

Armas e conflitos no mundo

Existem hoje no mundo cerca de 600 milhões de armas. Todos os anos são produzidas mais oito milhões. A falta de controle sobre as transferências internacionais de armas permite que elas gerem conflitos, repressão, crimes e abusos dos direitos humanos.

Hoje os principais conflitos armados em andamento são Palestina e Israel e a ocupação do Iraque e Afeganistão. Isso se deve ao fato de que em 1948, após o Plano de Partilha elaborado pela ONU, dividiu a região, que estava sob o domínio britânico, em estados árabes e judeus, e desde ai a disputa por étnica começou, durando até os dias de hoje.

No transcorrer das duas guerras mundiais do século XX a população mundial perdeu mais de 70 milhões de vidas. A partir de 1945 até a queda da União Soviética, os 40 anos de Guerra Fria, morreram no planeta cerca de 17 milhões de pessoas em conflitos armados e de 1990 até 2003 as guerras levaram mais de 3 milhões de vidas. No total os conflitos armados do século XX provocaram cerca de 90 milhões de vítimas fatais.

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial vêm sendo deflagrados muito mais conflitos armados em todo o planeta do que em séculos anteriores e essa tendência parece se acentuar cada vez mais. Em síntese, o século XXI está delineando-se como um mundo em constante conflito, porém com menos vítimas fatais que nos séculos anteriores.

Com isso pode-se definir conflitos como o choque de interesses, ou posições diferentes, sobre valores nacionais, onde nações ou até mesmo estados, usufruem muitas vezes de armas ou ameaças para conseguir seus objetivos. E o resultado na maioria das vezes não é o esperado, causando apenas mortes e prejuízos para ambos os lados.

Anne Caroline, no. 01

Armas e conflitos no mundo

Todos os dias milhões de pessoas vivem com medo da violência armada e aproximadamente meio milhão de pessoas morre por ano devido a essa violência. A violência armada não aterroriza apenas filmes ou cidades como Rio de Janeiro, ela vai de cidades como Los Angeles até países como Iraque.

Os conflitos armados atingem desde pequenas cidades até conflitos internacionais. Esses conflitos estão fora de controle e por mais que todos saibam disso ainda não existe uma lei que puna fornecedores legais.

Atualmente as armas são fornecidas por 98 países e mais de 1000 empresas diferentes, que movimentam cerca de 21 bilhões de dólares por ano, fora as ilegais, e são produzidas todos os anos aproximadamente 8 milhões de armas e 16 bilhões de cartuchos,o que representa duas balas por pessoa.
Quase 60% das armas pequenas estão na mão de civis, que compram pensando em se defender, mas acabam aumentando o número de vitimas.

Um terço dos países gasta mais em armas para se defender do que no sistema de saúde. Estão entre eles a maioria na África, Ásia, Oriente Médio e América Latina. E os cinco países membros permanentes do conselho de segurança são os maiores fornecedores de armas do mundo, são eles: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido que juntos representam 88% das exportações mundiais de armas convencionais. Nos últimos anos os Estados Unidos, o Reino Unido e a França faturaram mais em exportação de armas do que deram em ajuda contra a violência.

Um filme que retrata bem esse comércio é O Senhor das Armas, com Nicolas Cage, que fala da vida de um Ucraniano que vai para os Estados Unidos e começa a vender armas para gangsters e acaba se transformando em um grande traficante de armas.

Julliana Stefhanne, no. 19

Chechenos e russos - Armas e conflitos no mundo

Confira os principais eventos desde 1999:

5 de junho de 2003
Uma mulher-bomba atacou um ônibus que carregava pilotos da Força Aérea russa nas proximidades da Tchetchênia e matou 17 pessoas

14 de maio de 2003
Dezesseis pessoas morreram em um ataque suicida a um festival religioso que acontecia perto da capital tchetchena, Grozny. Cerca de 145 pessoas ficaram feridas

12 de maio de 2003
Dois homens-bomba jogaram um caminhão cheio de explosivos em um complexo administrativo em Znamenskoye, no norte da Tchetchênia; 55 pessoas morreram

27 de dezembro de 2002
Homens-bomba jogaram carros contra prédios governamentais em Grozny. Um prédio foi destruído e 80 pessoas, mortas

23 a 26 de outubro de 2002
Quarenta separatistas mantiveram centenas de reféns em um teatro de Moscou. A ação de resgate provocou a morte de 129 reféns, a maioria sufocada por gases lançados pela polícia

19 de agosto de 2002
Rebeldes tchetchenos derrubaram um helicóptero de transporte militar na Província, matando 118 soldados

2 e 3 de julho de 2000
Guerrilhas tchetchenas lançaram, em um período de 24 horas, cinco ataques suicidas contra bases russas na Província

4 de setembro de 1999
Um carro-bomba explodiu ao lado de residências militares no Daguestão. A maioria dos 64 mortos era de crianças e viúvas

Dados como os apresentados acima mostram que o conflito separatista entre os russos e chechenos tem se intensificado de uma maneira nunca antes vista.
As consequências dos conflitos tornam-se mais visíveis quando se depara com trágicos números como esses, mas o que pouco se sabe que estes números são o resultado de um conflito historicamente antigo.
O povo checheno foi vítima de segregação, imposição ideológica e religiosa, além de ter sido ignorada pelo governo russo a diferença étnica entre os dois povos. Motivos econômicos como o petróleo encontrado posteriormente na região gerou ainda mais revolta e deixou ainda mais tensa a situação.
O comércio de armas age de maneira fundamental para a perpetuação do conflito, a região da antiga URSS onde encontra-se conflito é uma das regiões maior fluxo bélico no mundo, tanto legal quanto ilegalmente. Há na região rebeldes chechenos armados contra um exército russo altamente equipado.
Tentativas frustradas de contenção dos rebeldes somados aos trágicos desfechos provocados pelos atentados terroristas aumentam ainda mais proporção do conflito além de aumentar a pressão internacional para a sua solução.
Cabe aos órgãos internacionais de grande destaque como a ONU buscar uma saída diplomática o mais rápido possível, antes que mais reféns e mais vítimas sejam feitas.

Hugo de Lucena, no. 15

Tráfico de armas - Armas e conflitos no mundo

Há um intenso tráfico de armas que colabora com a manutenção dos conflitos que ocorrem mundialmente. Esse comércio iniciou-se durante o período da Guerra Fria, o qual abasteceu o restante dos continentes com armamentos contribuindo com o início dos conflitos.

Entre 1950 e 1990, período em que a Guerra Fria ocorreu, o comércio de armas proliferou-se internacionalmente, mas havia restrições entre os blocos. Quando a guerra chegou ao fim, com estoques excedentes, houve contrabando feito por empresas privadas fazendo com que explodisse várias revoltas armadas e como consequência, um aumento de intervenções humanitárias.

Este comércio é plenamente favorável aos fabricantes, pois há países em que são investidas maiores quantias de dinheiro na parte de armamento do que na parte de saúde, sendo assim, o tráfico de armas o segundo melhor negócio depois do tráfico de drogas.

As armas de pequeno porte são consideradas mais perigosas que armas nucleares, pois são possíveis de serem carregadas a todo o momento e tem fácil acesso. O Brasil lidera o ranking de mortos por tais armas. São cerca de 36 mil mortes por ano, equivalente a 100 mortes por dia.

Enquanto houver irresponsabilidade na fiscalização dos Estados e pessoas que agem conforme os lucros obtidos, o tráfico perpetuará, conflitos novos surgirão e cada vez mais mortes ocorrerão.

Marília Barroso, no. 24

"O senhor das armas"

O filme conta a história de um homem ucraniano, cuja família finge ser judia para poder ir para aos EUA. Esse homem chamado Yuri Orlov torna-se um contrabandista de armas de fogo, vendendo primeiramente para gangsters. Não satisfeito, é "presenteado" com o término da Guerra Fria, onde volta para Ucrânia e procura seu tio, o qual é militar de alta patente.

Negocia as armas fabricadas na Guerra Fria, conseguindo um grande estoque de armas, lucrando com isso.Com a Interpol o perseguindo ,sempre consegue escapar.

Vendendo para Serra Leoa, perde seu irmão que estava indignado pela venda que estava efetuando. Finalmente é pego por causa de uma bala encontrada no corpo de seu irmão e com a ajuda da esposa, que preservava os direitos humanos, ao saber que Yuri era um contrabandista, conseguem prendê-lo. No interrogatório, Yuri é repreendido pelo agente da Interpol (Jack Valentine), mas Yuri o adverte falando o que iria acontecer com o agente mostrando que ele era necessário para o governo e que o chefe de Jack, os EUA, era o maior contrabandista de armas no mundo e que ele era só um instrumento usado pelo governo para distribuir essas armas.

O filme conclui afirmando que os EUA,China,Rússia,Reino Unido,França são os maiores fornecedores de armas e também fazem parte do conselho de segurança da ONU com membros permanentes.

Barneh Pereira, no. 02